segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cláudio Ulpiano

A criança é uma matéria prima, é uma potência, múltiplas forças em movimento. O que com ela temos de fazer - é entendê-la; aprender com ela, que ensinar é fazer uma viagem. A filosofia é uma tarefa criativa, uma festa de delírio lógico - um excesso de entendimento. A visita de um filósofo, com seus conceitos, por exemplo a um vírus, a um rato, a uma equação, a um filme, ou ao seu próprio mundo filosófico - o torna um nômade. As idéias podem ser belas - e são belas quando de algum modo nos tornam mais potentes. Justiça é a constante e permanente vontade de dar a cada qual o que lhe pertence. O nosso encontro pertenceu ao reino do encantamento, mostrando que a filosofia é uma linha melódica, tão poderosa, que produziu em nós um acorde, digo, ou melhor, repito - um acordo: o dos amantes do corpo expressivo, que só oferecem, um ao outro, o amor. O que posso chamar de livre senão aquilo que precisa só de sua natureza para efetuar sua existência? Os homens não odeiam as ilusões, e não apenas as suportam - as desejam, mas delas fogem por causa das conseqüências quase sempre nocivas. Quando algo é uma utopia, senão a partir do instante em que se pergunta sobre seu futuro ou sobre a possibilidade de sua efetuação? Deixe isto de lado; a revolução não tem futuro, e muito menos precisa de passado. Pense-se no evento, no acontecer dela.
Um escritor não deve considerar a pátria como uma coisa pronta. Pelo contrário, admitir que sua obra colabora para dar consistência, força e beleza à Pátria - e que esta, se distingue pelos trabalhos de seus artistas e cientistas, de seus pensadores.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O que você faz com as suas dores?

Tem gente que joga no lixo. Tem gente que alimenta, como um animal de estimação. Tem gente que esquece. Tem gente que finge que esquece. Tem gente que realmente não lembra nunca mais. Tem gente que culpa o outro, culpa o mundo, culpa a Deus. Tem gente que só se culpa. Ah!
Eu não quero reclamar, eu não quero ficar irritada, nem intransigente. Quero aprender a lição, quero rever valores, quero reconhecer preconceitos. Quero degustar a vida, nada demais, nem de menos...só não posso perder a atenção em mim, nem por um minuto.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ânimo Zero ...

Vou comentar tb. ...se coloca perto, do lado. da minha teoria.
"Ar parado em que impera o desânimo. Estado de preguiça em ser. Meditação de nada. Vazio de sentido. O costume do fim de semana invade a segunda e o corpo reage querendo em nada ficar. Ânimo zero.Para a maior parte das pessoas, vivenciar isto durante algumas horas por semana é normal. O problema tem início quando esta situação deixa de ser dinâmica e passa a ser estática, freqüente, um estado de ser apático.O desânimo ou apatia é um dos maiores problemas sociais e de saúde que envolve nossa população. Definimos apatia como: “estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos”. No contexto clínico abarcando inclusive no desinteresse por sua própria vida, no seu auto-cuidado. Doenças psico-patológicas em geral tem seu agravamento intensificado por este tipo de atitude psíquica gerando todo um processo de comorbidade que pode levar uma patologia simples a um estado grave. Lado doentio do comodismo.
(...)Além disso, a apatia se transveste em comportamento sedentário, preguiça intensa, alienação, perda de sentido de vida, queda de capacidade crítica e racional, perda de produtividade, acomodação, medo de futuro, ausência de expectativas e de planejamento de vida, bem estar em contexto massificado. Resumindo, tudo que puder levar a benefícios na lei do menor esforço é bem vindo.Psiquicamente o indivíduo torna-se um alienígena de sua própria realidade. É brasileiro e nada tem a ver com os políticos que estão no poder. Vive em crise, mas acredita piamente que está em uma super potência. Projeta para fora de si próprio todas as suas mazelas e frustrações trazendo à tona o discurso: “lutar para que?”; ou pior ainda: “se for dar trabalho me esqueça”.A apatia representa o fim, a entrega a um estado arquetípico primordial, caótico, a ausência de paixão, de emoções, de vida. Quando se torna hábito vira o câncer do espírito. Está ruim, mas melhorar dá trabalho, então deixa como está que fica bom..."(Jorge Antônio Monteiro de Lima psicólogo e psicoterapeuta)

Nietzsche

Depois comento algo...


Odeio seguir alguém, como também conduzir. Obedecer? Não!E governar, nunca! Quem não se mete medo não consegue metê-lo a ninguém, somente aquele que o inspira é capaz de comandar. Já detesto comandar a mim mesmo! Gosto, como os animais, das florestas e dos mares, de me perder durante um tempo, permanecer a sonhar num recanto encantador, e forçar-me a regressar de longe ao meu lar. Atrair-me a mim próprio de volta para mim.(Friedrich Nietzsche)

sábado, 13 de setembro de 2008

Mentira X Verdade

Sou uma mentirosa!
Minto quando digo que não vou magoar ninguém, mesmo que esse seja o meu desejo. Minto quando quero algo porque nem sei até quando vou querer. Minto quando sou radical, minhas convicções duram 5 segundos. Minto quando digo que não vou nunca mais sofrer pelos outros, pois sei que as pessoas são diferentes de mim. Minto quando determino algo para minha vida, pois sei que deixe outros possíveis caminhos. Minto quando tento ser verdadeira, comigo ou com os outros, pois no fundo sempre fica algo por fazer, por dizer. Minto quando tento ser boa, por trás da bondade há uma pessoa má também, que não aceita desculpas ou novas tentativas. Minto quando digo que vou mudar algo em mim porque o que eu mais gosto é de ser assim, uma mentira que de tanto mentir virou verdade. Verdade de um mundo de mentiras e mentirosos em dizer a verdade.
Que verdade? Que mentira?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Preguiça da Verdade

Preguiça da Verdade

Preguiça de aceitar a realidade, de deixar as possíveis potencialidades do futuro controlar o seu “hoje” e não viver o que você tem de real, dá câncer. Em muitos relacionamentos fiz corpo mole de encarar a verdade, de tomar decisões com os fatos que tinha, e sim com possibilidades, e claro, que mais cedo ou mais tarde me dei mal.
É muito importante acreditar num futuro melhor, com soluções menos doloridas e confusas, isso se chama ambição. Mas mentir para você mesmo, por pura falta de vontade de resolver situações, é hipocrisia.
As vezes acho que vamos alimentando a doença e maluquice dos outros com a desculpa interna, de que quando for a minha vez, também quero. Eu não quero. Quero usar o meu potencial até a última gota. Meu potencial de viver com qualidade o presente, seja ele qual for, mas tem que ser o real.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Miedo - Lenine - Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Tienen miedo del amor y no saber amarTienen miedo de la sombra y miedo de la luzTienen miedo de pedir y miedo de callarMiedo que da miedo del miedo que daTienen miedo de subir y miedo de bajarTienen miedo de la noche y miedo del azulTienen miedo de escupir y miedo de aguantarMiedo que da miedo del miedo que daEl miedo es una sombra que el temor no esquivaEl miedo es una trampa que atrapó al amorEl miedo es la palanca que apagó la vidaEl miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidãoTenho medo da vida e medo de morrerTenho medo de ficar e medo de escapulirMedo que dá medo do medo que dáTenho medo de acender e medo de apagarTenho medo de esperar e medo de partirTenho medo de correr e medo de cairMedo que dá medo do medo que dáO medo é uma linha que separa o mundoO medo é uma casa aonde ninguém vaiO medo é como um laço que se aperta em nósO medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorarTienen miedo de encontrarse y miedo de no serTienen miedo de decir y miedo de escucharMiedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançarTenho medo de amarrar e medo de quebrarTenho medo de exigir e medo de deixarMedo que dá medo do medo que dáO medo é uma sombra que o temor não desviaO medo é uma armadilha que pegou o amorO medo é uma chave, que apagou a vidaO medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundoEl miedo es una casa donde nadie vaEl miedo es como un lazo que se apierta en nudoEl miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundoMedo de dobrar a esquinaMedo de ficar no escuroDe passar em branco, de cruzar a linhaMedo de se achar sozinhoDe perder a rédea, a pose e o prumoMedo de pedir arrego, medo de vagar sem rumoMedo estampado na cara ou escondido no porãoO medo circulando nas veiasOu em rota de colisãoO medo é do Deus ou do demoÉ ordem ou é confusãoO medo é medonho, o medo dominaO medo é a medida da indecisãoMedo de fechar a caraMedo de encararMedo de calar a bocaMedo de escutarMedo de passar a pernaMedo de cairMedo de fazer de contaMedo de dormirMedo de se arrependerMedo de deixar por fazerMedo de se amargurar pelo que não se fezMedo de perder a vez Medo de fugir da raia na hora HMedo de morrer na praia depois de beber o marMedo... que dá medo do medo que dáMedo... que dá medo do medo que dá