quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Antevasin (palavra em sânscrito) - "aquele que mora na fronteira"

Antigamente, essa era a descrição literal. Significa alguém que havia abandonado o centro agitado da vida mundana para ir morar no limite da floresta, onde viviam os mestres espirituais. O antevasin deixava de ser um aldeão - não era uma pessoa com uma vida convencional. Mas ele também não era um trascendente - não era um daqueles sábios que vivem bem lá no fundo das matas intocadas, plenamente realizados. O antevasin era alguém que vivia no meio. Era um habitante da fronteira. Vivia em um lugar onde podia ver os dois mundos, mas olhava rumo ao desconhecido. E era um estudioso.Na época moderna, é claro, essa floresta virgem teria de ser em sentido figurado, e a fronteira também. Mas ainda é possível viver aí. Ainda é possível viver nessa linha tremeluzente entre seus velhos pensamentos e a sua nova compreensão, em um eterno estado de aprendizagem. No sentido figurado, trata-se de uma fronteira que está sempre em movimento - conforme você avança em seus estudos e em suas realizações, essa floresta misteriosa do desconhecido está sempre há alguns metros à sua frente, de modo que você precisa viajar com pouca bagagem para conseguir acompanhá-la.Precisa manter móvel, maleável, flexível. Escorregadio, até.
Sempre me pergunto o que devo ser. Mas quer saber? Sou apenas uma arisca antevasin - nem isso nem aquilo - uma aprendiz da fronteira em eterna mutação, próxima à floresta maravilhosa e assustadora do novo.
Texto tirado do livro: "Comer, rezar e amar", de Elizabeth Gilbert

The Power Of Good-bye - Madonna

O Poder Do Adeus
Seu coração não está aberto, por isso eu devo ir
O encantamento foi quebrado
Eu te amei tanto
A liberdade vem quando você aprende a deixar as coisas irem
A criação vem quando você aprende a dizer não
Você foi a lição que eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza, você tinha que queimar
A dor é um aviso de que algo de errado acontece
Eu rogo a Deus que não será demorado
Se vá
Não resta mais nada para tentar
Não há mais lugar para se esconder
Não há maior poder que o poder do adeus
Seu coração não está aberto, por isso eu devo ir
O encantamento foi quebrado
Eu te amei tanto
A liberdade vem quando você aprende a deixar as coisas irem
A criação vem quando você aprende a dizer não
Você foi a lição que eu tive que aprender
Eu fui sua fortaleza, você tinha que queimar
A dor é um aviso de que algo de errado acontece
Eu rogo a Deus que não será demorado
Se vá
Não resta mais nada para tentar
Não há mais lugar para se esconder
Não há maior poder que o poder do adeus
Não há nada mais a perder
Não há mais coração para machucarAprenda a dizer adeus
Eu tenho piedade ao dizer adeus

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A EDUCAÇÃO DEBAIXO DO PÉ DE MANGA

Entrevista tira do site http://www.banconaescola.com/ realmente inspirador!...

Tião Rocha é um educador “alterativo”, de acordo com suas palavras. É necessário entender a história desse antropólogo “por formação”, ex-professor universitário e um apaixonado pela obra de Guimarães Rosa.

A convite da Oficina de Idéias, Tião realizou a oficina ‘Maneiras Diferentes e Inovadoras – MDI’ com educadores de escolas parceiras do Programa Banco na Escola, no dia 02 de agosto de 2008.
Fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, o CPCD como é conhecido, é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos. Fundada em 1984, em Belo Horizonte, MG, tem a seguinte missão: promover educação popular e desenvolvimento comunitário a partir da cultura, tomada como matéria-prima de ação institucional e pedagógica. Para cumprir esta missão, o CPCD vem desenvolvendo projetos (e plataformas) que já se tornaram referência de qualidade, exemplo de desenvolvimento sustentado e alternativa eficaz na implementação de políticas públicas e sociais.

Iniciados em Curvelo, os projetos, pedagogias e tecnologias criados pelo CPCD foram e estão sendo implantados em outras regiões de Minas Gerais (Vale do São Francisco e Vale do Jequitinhonha), disseminados para outros estados (Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Maranhão) e países (Moçambique e Guiné Bissau).


Em entrevista concedida a Thereza Dantas, jornalista do Portal Rede Social São Paulo, Tião fala sobre o trabalho do CPCD, a pedagogia de roda, entre outros.


RSSP: O CPCD completará 25 anos de trabalho educacional. Como e porque surgiu a o CPCD?
Tião Rocha: A CPCD surgiu como uma alternativa para a questão da aprendizagem. Queríamos dar novas respostas para questões relevantes como a Educação e o Desenvolvimento através da Cultura. Como folclorista, fui convidado ainda nos anos 80, pela prefeitura de Curvelo para desenvolver um trabalho sobre o assunto e quando lá cheguei vi que as crianças não estavam nas escolas. Ou não havia escolas suficientes ou, quando havia, as crianças não permaneciam. Era grande o número de crianças e adolescentes fora da escola ou excluídos dela. Esta questão me angustiava. Aí comecei a me perguntar: - “é possível fazer educação sem escola?” e “é possível fazer um boa escola debaixo do pé de manga?, porque isto tinha muito na cidade. E foi a partir destas perguntas que iniciamos os nossos projetos: uma boa pergunta que nos propiciasse boas aprendizagens! Construir escola e educação debaixo de árvores.

RSSP: Foi a partir daí que o Sr. começou o trabalho com crianças e adolescentes?
Tião Rocha: Sim. Fiz estas perguntas num programa de rádio. Apareceram 26 pessoas interessadas e curiosas em busca destas respostas. Passamos a conversar todos os dias. Aí percebi que nós não falávamos da escola que gostaríamos de ter, mas da escola que gostaríamos de não ter tido. Daí construimos um código de ética ou como nós o chamávamos “os não-objetivos educacionais”. Fizemos um trato: Se não fizéssemos aquelas coisas que anotamos, o resto seria lucro. O trabalho com as comunidades e com as crianças seria de nós nos policiarmos para não cometermos os mesmos e velhos erros que os sistemas educativos vinham cometendo há anos. Fomos às casas das crianças e dos adolescentes, conversamos com os pais. Eles não entendiam uma escola sem paredes, embaixo de um pé de manga.

RSSP: Houve grande resistência?
Tião Rocha: Muita. Os pais nos perguntavam sobre as listas de materiais, lápis e canetas. E nós respondíamos que não precisávamos. As crianças e jovens achavam estranho não ter filas, carteiras, professores , etc. No começo a maioria desconfiava daquela ação. Todas as pessoas, mesmo as que nunca foram a uma escola, sabem como ela funciona, A escola não depende das pessoas. O manequim é modelo único e está pronto há anos, talvez séculos!
Começamos então o nosso processo da “desaprendizagem” deste modelo, ou seja, nós não iríamos ensinar conteúdos prontos e acabados, mas construir conhecimentos necessários e juntos. Aí inventamos a Pedagogia da Roda. Uma roda redonda onde todos se vêem e, juntos, constroem as pautas, os assuntos, os ritmos e as maneiras de aprender-e-ensinar.
A escola formal, como o próprio nome sugere, é uma fôrma pronta, um formato padrão, uma prática enformatada quando não “formolizada”. Nesta fôrma as crianças são, geralmente, tratadas ou vistas “como páginas em branco, onde devemos escrever um belo livro”. A escola ainda é “serviço militar obrigatório aos 7 anos”. (Agora já está sendo aos 6 anos). A Escola, infelizmente, marca o fim da infância. O fim do brincar e do brinquedo, e o fim precoce do prazer substituído pelo o início do dever!

RSSP: Quantas crianças e adolescentes foram alunos do CPCD?
Tião Rocha: Nestes 25 anos de atuação, mais de 30 mil crianças. Em Santo André, SP, por exemplo, o Projeto Sementinha é política pública da Secretaria da Educação há 8 anos e já beneficiou mais de 2 mil crianças pequenas. Atuamos em outros Estados como a Bahia e Espírito Santo, além de Minas Gerais.
Nosso tripé - metodologia inovadora, formação de educadores e participação comunitária - também é praticado em Moçambique e Guiné Bissau.

RSSP: Como é a Pedagogia da Roda?
Tião Rocha: Aprender fazendo. Sempre e coletivamente. Ação-reflexão-ação. Aprendemos que Educação é algo que só ocorre no plural. A Pedagogia da Roda é um espaço-tempo de aprendizagem, de troca, fora da caixinha e da fôrma. Na roda estabelecemos uma pauta que não seleciona, mas que constrói consensos. A escola que seleciona, não educa, mas exclui.

RSSP: Quais são as referências para o trabalho que vocês desenvolvem?Tião Rocha: Paulo Freire que tornou-se um verbo praticado todos os dias, portanto só é conjugado no presente do indicativo (eu paulofreire, tú paulofreiras, ele paulofreira, nós paulofreiramos, vós paulofreirais, eles paulofreiram).
Outra fonte de inspiração permanente é Guimarães Rosa. O Riobaldo (personagem do livro Grande Sertão Veredas) é um grande educador. Do seu “perseguir o acontecido” ao “beber de todas as fontes e todas as águas” até chegar no “uma religião só pra mim é pouco, eu quero rezar todas”, deveriam inspirar todos os professores para que se tornassem educadores. Da ensinagem para a aprendizagem!


RSSP: Em 2007 o Sr. recebeu o Prêmio Empreendedor Social 2007, concedido pela Fundação Schwab e Folha de S.Paulo. Qual o prêmio o Sr. gostaria de receber hoje?Tião Rocha: Gostaria de ser lembrado, quem sabe, por ter contribuído para a construção de Cidades Educativas. Uma cidade educativa é aquela em que as bibliotecas funcionam 24 horas, como os hospitais as farmácias e onde “para educar uma criança é necessário toda a aldeia”, como aprendi com os sábios moçambicanos.
Também não quero ser mais do 1o, 2o ou 3o Setor . A lógica do Governo, Mercado e Sociedade não resolve nada, só tem interesse acadêmico.
Temos que criar, urgentemente, o Setor Zero, que deve ser comandando pela Ética e para zerar os déficits sociais que temos: fome zero, degradação ambiental zero, violência zero, analfabetismo zero e corrupção zero.


* Tião Rocha, o antropólogo (por formação acadêmica), o educador (por opção política), o folclorista (por necessidade), o mineiro (por sorte) e atleticano (por sina) disponibiliza no site do CPCD todos os seus textos, artigos e livros sobre Educação, Desenvolvimento, Cultura Popular e Minas Gerais. Esses textos podem ser visualizados e impressos por qualquer internauta, basta apenas visitar o site: www.cpcd.org.br
Sugerimos que os interessados leiam os projetos sócio-educativos, as pedagogias e tecnologias educacionais, os indicadores de qualidade e os novos desafios, tais, como ao Projeto Araçuaí: Cidade Sustentável ou “Arassussa”.

Desculpe

Me desculpe por eu ter tomado a iniciativa. Me desculpe por querer tantas vezes a sua companhia. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe pelas conversar e bate-papos. Me desculpe por ter acreditado na nossa sintonia. Me desculpe por ter me metido em assuntos que não eram meus. Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por tentar entender seu silêncio. Me desculpe por ter dito “sim”. Me desculpe por ter te desejado. Me desculpe por querer gozar na sua mão. Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por querer mais. Me desculpe por supor que você também quisesse mais. Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe por eu ter subestimado o que foi ruim e superestimado o que foi bom. Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe pelos momentos que sonhava ao seu lado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter acreditado que você era o homem da minha vida. Me desculpe pelas horas que esperei para te ver. Me desculpe por você ter que comer o que eu cozinhava. Me desculpe por eu ter permitido que você entrasse na minha casa quando quisesse.Me desculpe por eu ter acreditado que você compreendia meu olhar. Me desculpe por eu ter dito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu disse. Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você. Afinal, nem sempre podemos reconhecer, o que realmente tem valor.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cláudio Ulpiano

A criança é uma matéria prima, é uma potência, múltiplas forças em movimento. O que com ela temos de fazer - é entendê-la; aprender com ela, que ensinar é fazer uma viagem. A filosofia é uma tarefa criativa, uma festa de delírio lógico - um excesso de entendimento. A visita de um filósofo, com seus conceitos, por exemplo a um vírus, a um rato, a uma equação, a um filme, ou ao seu próprio mundo filosófico - o torna um nômade. As idéias podem ser belas - e são belas quando de algum modo nos tornam mais potentes. Justiça é a constante e permanente vontade de dar a cada qual o que lhe pertence. O nosso encontro pertenceu ao reino do encantamento, mostrando que a filosofia é uma linha melódica, tão poderosa, que produziu em nós um acorde, digo, ou melhor, repito - um acordo: o dos amantes do corpo expressivo, que só oferecem, um ao outro, o amor. O que posso chamar de livre senão aquilo que precisa só de sua natureza para efetuar sua existência? Os homens não odeiam as ilusões, e não apenas as suportam - as desejam, mas delas fogem por causa das conseqüências quase sempre nocivas. Quando algo é uma utopia, senão a partir do instante em que se pergunta sobre seu futuro ou sobre a possibilidade de sua efetuação? Deixe isto de lado; a revolução não tem futuro, e muito menos precisa de passado. Pense-se no evento, no acontecer dela.
Um escritor não deve considerar a pátria como uma coisa pronta. Pelo contrário, admitir que sua obra colabora para dar consistência, força e beleza à Pátria - e que esta, se distingue pelos trabalhos de seus artistas e cientistas, de seus pensadores.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O que você faz com as suas dores?

Tem gente que joga no lixo. Tem gente que alimenta, como um animal de estimação. Tem gente que esquece. Tem gente que finge que esquece. Tem gente que realmente não lembra nunca mais. Tem gente que culpa o outro, culpa o mundo, culpa a Deus. Tem gente que só se culpa. Ah!
Eu não quero reclamar, eu não quero ficar irritada, nem intransigente. Quero aprender a lição, quero rever valores, quero reconhecer preconceitos. Quero degustar a vida, nada demais, nem de menos...só não posso perder a atenção em mim, nem por um minuto.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ânimo Zero ...

Vou comentar tb. ...se coloca perto, do lado. da minha teoria.
"Ar parado em que impera o desânimo. Estado de preguiça em ser. Meditação de nada. Vazio de sentido. O costume do fim de semana invade a segunda e o corpo reage querendo em nada ficar. Ânimo zero.Para a maior parte das pessoas, vivenciar isto durante algumas horas por semana é normal. O problema tem início quando esta situação deixa de ser dinâmica e passa a ser estática, freqüente, um estado de ser apático.O desânimo ou apatia é um dos maiores problemas sociais e de saúde que envolve nossa população. Definimos apatia como: “estado caracterizado pelo desinteresse geral, pela indiferença ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos”. No contexto clínico abarcando inclusive no desinteresse por sua própria vida, no seu auto-cuidado. Doenças psico-patológicas em geral tem seu agravamento intensificado por este tipo de atitude psíquica gerando todo um processo de comorbidade que pode levar uma patologia simples a um estado grave. Lado doentio do comodismo.
(...)Além disso, a apatia se transveste em comportamento sedentário, preguiça intensa, alienação, perda de sentido de vida, queda de capacidade crítica e racional, perda de produtividade, acomodação, medo de futuro, ausência de expectativas e de planejamento de vida, bem estar em contexto massificado. Resumindo, tudo que puder levar a benefícios na lei do menor esforço é bem vindo.Psiquicamente o indivíduo torna-se um alienígena de sua própria realidade. É brasileiro e nada tem a ver com os políticos que estão no poder. Vive em crise, mas acredita piamente que está em uma super potência. Projeta para fora de si próprio todas as suas mazelas e frustrações trazendo à tona o discurso: “lutar para que?”; ou pior ainda: “se for dar trabalho me esqueça”.A apatia representa o fim, a entrega a um estado arquetípico primordial, caótico, a ausência de paixão, de emoções, de vida. Quando se torna hábito vira o câncer do espírito. Está ruim, mas melhorar dá trabalho, então deixa como está que fica bom..."(Jorge Antônio Monteiro de Lima psicólogo e psicoterapeuta)

Nietzsche

Depois comento algo...


Odeio seguir alguém, como também conduzir. Obedecer? Não!E governar, nunca! Quem não se mete medo não consegue metê-lo a ninguém, somente aquele que o inspira é capaz de comandar. Já detesto comandar a mim mesmo! Gosto, como os animais, das florestas e dos mares, de me perder durante um tempo, permanecer a sonhar num recanto encantador, e forçar-me a regressar de longe ao meu lar. Atrair-me a mim próprio de volta para mim.(Friedrich Nietzsche)

sábado, 13 de setembro de 2008

Mentira X Verdade

Sou uma mentirosa!
Minto quando digo que não vou magoar ninguém, mesmo que esse seja o meu desejo. Minto quando quero algo porque nem sei até quando vou querer. Minto quando sou radical, minhas convicções duram 5 segundos. Minto quando digo que não vou nunca mais sofrer pelos outros, pois sei que as pessoas são diferentes de mim. Minto quando determino algo para minha vida, pois sei que deixe outros possíveis caminhos. Minto quando tento ser verdadeira, comigo ou com os outros, pois no fundo sempre fica algo por fazer, por dizer. Minto quando tento ser boa, por trás da bondade há uma pessoa má também, que não aceita desculpas ou novas tentativas. Minto quando digo que vou mudar algo em mim porque o que eu mais gosto é de ser assim, uma mentira que de tanto mentir virou verdade. Verdade de um mundo de mentiras e mentirosos em dizer a verdade.
Que verdade? Que mentira?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Preguiça da Verdade

Preguiça da Verdade

Preguiça de aceitar a realidade, de deixar as possíveis potencialidades do futuro controlar o seu “hoje” e não viver o que você tem de real, dá câncer. Em muitos relacionamentos fiz corpo mole de encarar a verdade, de tomar decisões com os fatos que tinha, e sim com possibilidades, e claro, que mais cedo ou mais tarde me dei mal.
É muito importante acreditar num futuro melhor, com soluções menos doloridas e confusas, isso se chama ambição. Mas mentir para você mesmo, por pura falta de vontade de resolver situações, é hipocrisia.
As vezes acho que vamos alimentando a doença e maluquice dos outros com a desculpa interna, de que quando for a minha vez, também quero. Eu não quero. Quero usar o meu potencial até a última gota. Meu potencial de viver com qualidade o presente, seja ele qual for, mas tem que ser o real.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Miedo - Lenine - Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Tienen miedo del amor y no saber amarTienen miedo de la sombra y miedo de la luzTienen miedo de pedir y miedo de callarMiedo que da miedo del miedo que daTienen miedo de subir y miedo de bajarTienen miedo de la noche y miedo del azulTienen miedo de escupir y miedo de aguantarMiedo que da miedo del miedo que daEl miedo es una sombra que el temor no esquivaEl miedo es una trampa que atrapó al amorEl miedo es la palanca que apagó la vidaEl miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidãoTenho medo da vida e medo de morrerTenho medo de ficar e medo de escapulirMedo que dá medo do medo que dáTenho medo de acender e medo de apagarTenho medo de esperar e medo de partirTenho medo de correr e medo de cairMedo que dá medo do medo que dáO medo é uma linha que separa o mundoO medo é uma casa aonde ninguém vaiO medo é como um laço que se aperta em nósO medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorarTienen miedo de encontrarse y miedo de no serTienen miedo de decir y miedo de escucharMiedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançarTenho medo de amarrar e medo de quebrarTenho medo de exigir e medo de deixarMedo que dá medo do medo que dáO medo é uma sombra que o temor não desviaO medo é uma armadilha que pegou o amorO medo é uma chave, que apagou a vidaO medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundoEl miedo es una casa donde nadie vaEl miedo es como un lazo que se apierta en nudoEl miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundoMedo de dobrar a esquinaMedo de ficar no escuroDe passar em branco, de cruzar a linhaMedo de se achar sozinhoDe perder a rédea, a pose e o prumoMedo de pedir arrego, medo de vagar sem rumoMedo estampado na cara ou escondido no porãoO medo circulando nas veiasOu em rota de colisãoO medo é do Deus ou do demoÉ ordem ou é confusãoO medo é medonho, o medo dominaO medo é a medida da indecisãoMedo de fechar a caraMedo de encararMedo de calar a bocaMedo de escutarMedo de passar a pernaMedo de cairMedo de fazer de contaMedo de dormirMedo de se arrependerMedo de deixar por fazerMedo de se amargurar pelo que não se fezMedo de perder a vez Medo de fugir da raia na hora HMedo de morrer na praia depois de beber o marMedo... que dá medo do medo que dáMedo... que dá medo do medo que dá

domingo, 31 de agosto de 2008

Medo e culpa

Ei, você tem culpa de quê? Você tem medo de quê? Quem não tem que jogue a 1º pedra...Bom, não acredito em coincidências, mas nas últimas semanas peguei vários artigos, reportagens, crônicas sobre esses fantasmas da vida humana, medo e culpa. Tenho vários pensamentos sobre os dois tipinhos, mas eu não sou muito parâmetro para comentários mais profundos, só vou divagar um pouco. Pois posso morrer de medo e culpa, mas não deixo de fazer, nem fudendo... Claro, que isso traz alguns prejuízos, uns deles nem um pouco remediáveis, mas em geral, não me arrependo não, mesmo quando tenho prejuízo.
O medo tem uma capacidade louca de nos paralisar e isso faz mal para a saúde em geral, como a música do Lenine, maravilhosa..."Medo, que dá medo do medo que dá". E as vezes ele vem com outros nomes, segurança, precaução...temos que ter cuidado com nossos pensamentos e sempre nos perguntar, "estou pensando isso por ou medo ou por...?".
Olhar pro medo e enfrentá-lo, sem criar ilusões e justificativas para mantê-lo na vida. Já dá pra começar a brincar...Já a culpa, essa é mais delicada porque ela é sutil, leve, chega aos poucos. E o pior, demora para ser destruída ou, pelo menos, diminuída.
Quer saber? Aproveite a vida sem medo, todas as oportunidades, pois geralmente temos culpa porque deixamos o medo, em algum momento, nos dominar e não fazemos o que devemos fazer. Simples, lei de causa e efeito...Se deixar o medo dominar, você vai sentir culpa. Bem prático!

sábado, 23 de agosto de 2008

Pensamentos

Tem gente que passa pela vida e passa, não analisa, não argumenta, não pergunta, não questiona e sei lá mais o quê. Mas eu simplesmente não consigo viver e não observar e pensar, pensar, pensar...Confesso que nem tudo o que eu penso eu faço (agora pensando em coisas que eu ACHO que deveria fazer) e nem tudo que eu faço penso antes (agora pensando nas coisas que eu ACHO que não deveriater feito) rsrs... mas na média eu não me arrependo muito não, sempre vejo resultados interessantes.

Confesso que já perdi várias oportunidades de apenas curtir o momento e me esbaldar, mas outras foram inéditas, coisas que me orgulho do impulso, da espontaneidade. Ando me questionando em muitas coisas, do que é o amor, de valores, de mudanças, de hábitos...

Mas lá nas minhas conversas e orações sempre peço para ter calma, paciência (inclusive comigo mesma) e principalmente perdão....poder perdoar o que não pude fazer ou os outros. Tem respostas que quero achar e outros questionamentos que quero esquecer, mas pensar é gostoso, ainda mais quando descobrimos que podemos escolher os nossos pensamentos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Primeira vez

Deve ser o 20º blog que eu crio e não levo adiante exatamente pelo título com que eu fiz este...Como eu acho que o grande problema da humanidade, inclusive o meu, é a preguiça. Dessa vez vou falar e demostrar como nossa vida seria melhor se não houvesse a preguiça. O pior dos pecados! (não sou religiosa)